
Os números quase batem com os dados do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do RN (Sindesp), que informou existirem três empresas na área de transporte de valores, 21 na de segurança patrimonial e quatro escolas de formação, pois todas elas precisam de autorização para funcionamento nas Delegacias de Controle de Segurança Privada (Delesp), vinculadas à DPF nos Estados.
O presidente do Sindesp, José Rossini Araújo Braulino, disse que o mercado de segurança privada no RN é pequeno e o crescimento da atividade econômica da área de segurança é proporcional ao crescimento da criminalidade, ressaltando que os postos de trabalho “podia ser, no mínimo, o dobro do que é hoje”, se não fosse a concorrência desleal de firmas clandestinas.
Para Braulino, em pouco tempo os investimentos em equipamentos de segurança, como circuito interno de TV e cercas de pulsação (elétricas) “vão ser como telefone, água, luz e gás”, todo mundo vai precisar em sua casa ou condomínio.
“Na verdade, as empresas vendem a sensação de segurança e não garantia de segurança”, diz Braulino, apesar de admitir que quanto mais se dificulta a ação dos criminosos, mas eles vão procurar aqueles locais onde podem agir com mais tranquilidade.
O presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas de Segurança e Vigilância do RN, José Ribeiro, disse que muitos estabelecimentos comerciais, principalmente aqueles de menor porte, inclusive farmácias e postos de combustíveis, nem sempre contratam profissionais de empresas legalizadas. “Às vezes são empregados do próprio posto”, exemplificou ele.
Ainda assim, José Ribeiro estima que os postos de trabalho cresceram entre 10% e 15% do fim do ano para o começo de 2012, em decorrência principalmente do período natalino e do verão, “quando cresce o número de empregos temporários”.
Ribeiro disse que não dá para quantificar, pois não existe como levantar os dados oficiais, mas ele declara que existem muitas empresas clandestinas e muitas pessoas que trabalham como vigia sem qualquer qualificação, além “não receberem o piso salarial”, que hoje é de R$ 846,03, o qual deve sofrer reajuste com a negociação coletiva de trabalho dos vigilantes, cuja data-base é agora em fevereiro.
0 comentários:
Postar um comentário